Introdução
Os pagadores de impostos do estado de Rondônia talvez não saibam ao certo quanto custa cada deputado estadual mensalmente e anualmente. A realidade financeira desses representantes pode despertar diversos sentimentos, desde indignação até incredulidade.
Remuneração Base e Auxílios
A partir de fevereiro de 2025, cada deputado estadual de Rondônia passou a receber uma remuneração básica de R$ 34.774,64. Contudo a remuneracão total chega a impressionantes R$ 94.385,37 por mês graças a uma série de auxílios que foram criados para driblar a lei que estabelece que os vencimentos dos deputados estaduais devem ser no máximo 75% dos subsídios dos deputados federais.
Os parlamentares de Rondônia, curiosamente recebem o mesmo valor base que os deputados federais. Para justificar essa discrepância, foram utilizados auxílios como o de cargo de confiança que soma
R$ 17.387,32 e auxílio moradia R$ 9.187,50, mesmo para aqueles que residem na capital. Além disso, há outros auxílios como de transporte, interiorização, manutenção pessoal e diárias que podem aumentar ainda mais os gastos públicos.
Comparação Internacional
Para colocar essas cifras em perspectiva, é interessante observar que na Suécia os deputados federais recebem o equivalente a
R$ 15.000,00, enquanto em Portugal o valor é de R$ 18.000,00 e em Rondônia um deputado estadual recebe líquido quase R$ 35.000,00, ou seja, aproximadamente vinte salários mínimos.
Custo Total e Verba Indenizatória
Os números são ainda mais alarmantes ao se considerar que, somando todos os 24 deputados estaduais o custo mensal aos cofres públicos de Rondônia é de R$ 2.265.248,88, totalizando anualmente
R$ 27.182.986,60. Cada deputado também tem direito a uma verba indenizatória de R$ 99.840,00, o que eleva ainda mais essa conta.
Reflexão Final
É inegável que esses valores estão muito acima da realidade enfrentada por muitos profissionais essenciais, como professores, médicos e engenheiros, que desempenham papéis fundamentais na sociedade. A disparidade entre os salários dos deputados e a realidade de vários trabalhadores levanta questionamentos sobre as prioridades e responsabilidades dos representantes eleitos.
Conclusão
Os números revelam não apenas o custo elevado para o estado, mas também a necessidade de uma discussão mais aprofundada sobre a gestão pública e a valorização de profissões essenciais. Em tempos de dificuldades econômicas, é fundamental que a população esteja informada e engajada na busca por justiça salarial e transparência na administração pública.